Dispensamos os carinhos!
Por Neyl Santos
A atuação da policia militar em nosso bairro ultimamente, tem causado grande medo e revolta entre os moradores.
Quando falo isso, não me refiro apenas ao desfile de fuzil em nossa praça no dia 29 de março (cena digna de guerra), me refiro também ao modo com que esses funcionários públicos tratam as pessoas que pagam seus salários. O Artigo 3º do Código de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei (CCEAL) da ONU, fala que “... Só podem empregar a força quando tal se afigure estritamente necessária e na medida exigida para o cumprimento do seu dever.” Imagino que para abordar jovens e senhores de idade conversando não seja “estritamente necessário” armas em punhos, chutes nas pernas e “outros carinhos” típicos de abordagem policial em periferia. O Pior de tudo é dá voz de prisão a um jovem que se sentiu lesado em seus direitos e questionou tal abordagem, não levando esse jovem e nosso companheiro preso por pressão popular.
Não quero com essas linhas, jogar a população contra a Policia, apenas desejo ser voz do povo, povo que me pediu para que relatasse este fato, povo que não quer mais ter medo de quem é pra nos dá proteção, povo que sabe que o estado não deve dá tapa, mas sim escola ao filho do trabalhador.